"Pior que Coachella Sunday so Blue Monday". Uma palavra pra minha rima? Cheesy. Em tres dias eu ja pensei e repensei no que escrever sobre o ultimo dia de festival. Ate tinha desistido de postar alguma coisa, porque a cobertura da Fe ta legal, informativa. Mas tem umas coisinhas que nao vao me deixar em paz se eu nao botar no "papel", porque volta e meia to pensando nelas de novo. Vamos aos pontos.
Holy Fuck - shows vistos de longe tambem podem ser legais
* O show do Holy Fuck nao mudou muito de 2006 pra ca, quando eu vi a banda abrir pro Wolf Parade em Providence. O que foi bom. Mesmo debaixo do sol das 2 da tarde e decidida a nao gastar minhas energias logo cedo no dia em que Justice so entrava as 11, acabei dancando. A tenda Mojave tava lotada. Pra mim, as caracteristicas mais fortes do Holy Fuck sao que 1) eles tocam um olhando pra cara do outro, formando um quadrado no palco, super concentrados e 2) se voce fechar os olhos acaba achando que o som e todo digital quando, na verdade, todos os instrumentos estao ali, sendo usados quase ao mesmo tempo. Demais.
Autolux
* Assisti a duas bandas que nao conhecia. Manchester Orchestra, no calor, delirando de insolacao. E Autolux, seguindo os passos dos meninos. Nenhuma das duas faz o meu estilo, como diriam eles, mas ainda me surpreenderam. Adoro escutar coisa nova, e no mood introspectivo que o dia de despedida do Coachella me colocou, nao teve coisa melhor. Autolux, especialmente, me mostrou que o rock progressivo versao moderninha pode ser legal. As letras que variam do triste pro romantico e as guitarra trippy tambem. Eh uma das bandas que eu vou escutar daqui pra frente e vai me lembrar daquele dia, porque antes dele, era inedita pra mim. No fim das contas foi bom quebrar a sequencia indie-pop-rock-hype por 50 minutos.
*O Sean Penn e a minha desilusao inocente. Apesar de morar aqui ha algum tempinho, ainda nao me acostumei totalmente com o american way of thinking. Por isso, quando o cara subiu no maior palco do festival e comecou a falar sobre politica dando uma dicazinha de leve sobre em quem "a gente" deveria votar, ele me decepcionou. Agora, olhando pra tras, eu entendo que a minha expectativa dele falar sobre o meio-ambiente, sobre a guerra, sobre a writer's strike ou sobre a morte da bezerra nao era realista. No pais em que eu ainda estou tentando entender e aprender sobre, as pessoas ainda tem um pinguinho de esperanca no futuro, como ele mesmo disse. Quando eu vi o video de novo, lembrei do porque do minha frustracao - mas pensando de uma forma diferente, eu gostei do que foi dito. E o povo tambem adorou ser chamado de "better, smarter, more technological and funnier generation", claro.
(vai ver o video que a Fe fez, la embaixo)
Reverb-festival com o MMJ
*Less is more. Nao vou gastar nem mais uma linhazinha descrevendo o show do My Morning Jacket. O por-do-sol do ultimo dia falou por si. Top 5 melhores shows do final-de-semana, com certeza. O Pitchfork acha a mesma coisa.
*Roger Waters. Que complicado explicar esse caso. Eu, como voces - provavelmente, vi o show no Brasil ha um tempinho atras. E aquele foi bem bacana, viagenzinha Pink Floyd na medida, show visual, hinos lendarios cantados pela multidao, etc. O do Coachella comecou no mesmo ritmo, emocionou com os mesmos hinos, tava bonito. Ai eu reparei que tinha passado um tempinho e ele tava mais velho, mais performatico e mais exagerado. Eu e as meninas comecamos a comentar a V.A. que tava rolando e dai pra frente so piorou. Mas foi engracado. Se eu me frustrei com o Sean Penn falando de politica, imagina quando o porco apareceu no ceu com "Obama" tatuado na barriga. E quando as tochas de 50 metros de altura explodiram. E no fim, quando "The Wall" foi a musica de volume mais alto do show todo - de acordo com a minha teoria, pra segurar o povo que comecava a correr pra pegar o comeco de Justice.
Enfim, ta? Ele e quem ele e, sem duvida. E artistas tendem a exagerar na dose com o passar do tempo. Mas que ele me deixou de mau humorzinho, deixou. Nao consegui fingir que achei normal. E eu nunca disse que nao era chata.
D.A.N.C.E. baladinha - no escuro.
*Justice, Justice, Justice, Justice!!
O show do Roger Waters ainda nao tinha acabado. Todos os outros, em todas as tendas, sim. E que triste que e ver aquele lugar esvaziando. Mas eu disse "esvaziando" e nao vazio, longe disso. A sensacao que deu - e me da um arrepio de lembrar - e de que as pessoas nao queriam que o festival acabasse quando corriam de-ses-pe-ra-das pra tenda onde o Justice ia tocar logo mais. Eu nao saberia dizer se as pessoas estavam AINDA ali porque e dificil se despedir do Coachella ou porque eram fas de Justice e estavam contando os minutos pra olhar pra cruz gigante no escuro. Seja qual for o motivo, as turmas se reuniram rapido.
A multidao fez a tenda ficar minuscula, fiquei meio de fora pra conseguir respirar. Abrindo o show com uma atmosfera Darth Vader, os caras se mostraram experts em tortura. Logo de cara (ao contrario de todos os shows onde o hit vinha por ultimo), eles tocaram DANCE. Mas so o sampler de voz e teclado, que arrepiou, DANCE lentinha. E assim foi a noite toda. Um pedaco aqui, outro ali. Outra hora de matar foi com "We Are Your Friends", do remix com o Simian.O pessoal a minha volta se esgoelava, e eu gosto de acreditar na minha teoria de que as pessoas estavam cantando umas pras outras. Chame de brega, cheesy, mas no Coachella, "You'll Never Be Alone Again".
Claro que um 1) festival 2) de musica 3) no meio do deserto 4) da california e o habitat natural de tipos esquisitos e atitudes de chamar a atencao. No segundo dia cansei de fingir que achava tudo normal e aproveitei pra tirar fotos das coisas que eu sei que so encontraria de novo se voltasse no ano seguinte.
Aqui, a parte mais curiosa do album de viagem:
Turminha de meia-calca e chinelo.
Os ja famosos sunga-com-meiao-com-pochete-e-lencinho
O Coachella e tranquilo, mas mesmo assim. Crianca em festival so e legal em foto.
Barraca do beijo no Brazilian BBQ, E o Tchan tocando no radinho.
Descabelados - 1
Descabelados - 2
Mae e mae. Alem de ir no festival, arruma a mochila e fica na fila do autografo.
Muita, mas muita menina so de biquini. Deve dar uma sensacao de liberdade, ne?
E pensar que o mohawk dele nem ia chocar tanto assim.
Nao tem chapeu? Usa a tampa do lixo, funciona igual.
Minha cobertura "Coachella- Day 3" é basicamente a mesma enviada para o Lúcio Ribeiro- mais curtinha, pois foi feita por sms- aqui incrementada com alguns comentários mais pessoais, fotos e vídeos meus.
(Nos próximos dias virão mais fotos e comentários sobre tudo o que a gente viu lá. Haja post.)
- O último dia do Coachella é sempre um pouco mais tenso pra mim. Já estou cansada, mas ao mesmo tempo não quero que aquilo acabe, nem perder nem um segundo. Mas nesse domingo o line-up era bem mais tranquilo. Pelo menos ate o sol se pôr. Por isso as lojinhas e tendas como a da AT&T estavam lotadas. O pessoal estava dando um relax. Até as 16h o show com maior concentração de gente era o Shout Out Louds, no palco principal.
- O domingo começou com inéditas nuvens no céu, e um dia mais fresco no deserto. E muita gente com camiseta do Roger Waters já na fila de entrada.
- Fui me dar ao luxo de tomar um brunch antes de ir e acabei perdendo o Holy Fuck.
- Mas ajudou (ou melhor, atrapalhou) no meu atraso, a fila. A revista do 3o dia estava bem mais rígida. Olharam todos os bolsinhos de cada mochila de todo mundo. Como não havia nenhum show violento (como no ano passado, que era Rage against the Machine), não deviam estar procurando "armas".
- Me preparei psicologicamente para Does It Offend You Yeah às 17h10. Depois Sean Penn (é, ele mesmo. Ele ía fazer um discurso, que eu não ía perder. Amo ele), Spiritualized, My Morning Jacket (idolatrada pela crítica aqui), Roger Waters, Simian Mobile Disco e Justice. Mas um dos aprendizados - o mais sofrido aliás- do Coachella é que dificilmente a gente consegue cumprir todo nosso line up.
- Does It Offend You Yeah Morgan Quaintance ganhou o prêmio de cara mais gente boa do Coachella. Fez o show inteiro rachando o bico de tudo e simpático. Ele estava vestido com o que parecia ser um pijama. New rave, claro. Engraçado que ele não parece da mesma banda que James Rushent e Dan Coop, que dividem a frente do palco com ele mas não deram um sorrisinho. Só comentaram no começo que o show do Portishead foi “fucking awasome”.
- James inclusive não parecia estar muito bem. Estava com uma toalha molhada na cabeça e cara de alucinado. Dan até perguntou para ele -em off-uma hora: “Are you ok?" Bom, podia ser o calor, não?
Mas o que importa eles fizeram bem. O som é pesadão ao vivo. Galera delirando. Em “Let’s Make Out”, Morgan desceu do palco e cantou com a galera. E em “Se7en” a tenda quase foi para o chão. - Eles terminaram chamando uma galera para o palco, inclusive um gordinho que acho que era o Har Mar Superstar, que também subiu no palco do Black Lips (putz, esqueci de escrever de Black Lips, né?).
- Spiritualized teve Jason Pierce e seu tecladista sentados nos banquinhos, com violinistas e backing vocals atrás, dando um clima de mini-orquestra. A banda iniciou com bastantes problemas técnicos no som. Mas a platéia super-fã deu todo o apoio. Vi só as primeiras músicas, dias baladas, e fui para o Sean Penn.
- "What tha fuck is Sean Penn doing at Coachella's main stage?" Segundo ele, essa foi uma frase de sua mãe, quando soube que ele estaria lá e que coincide com o pensamento geral da platéia. Penn falou sobre a importância das geraçoes atuais, aquelas que estavam no Coachella, terem consciência politica e de voto consciente. E de quanto a geração dele estragou as coisas por não se importar e da importância do voluntariado... “Revolution is a young man's job”, Sean Penn disse. E eu virei voluntária na hora.
- My Morning Jacket fez uma sonzeira no palco principal, na hora em que o sol estava se pondo no deserto e o cenário fica mais "de sonho". Jim James e banda (e o urso de pelúcia que estava no palco) deixaram a platéia hipnotizada. Não dava para sair desse show. Entre todas as músicas muito bem tocadas, "Gideon" foi especialmente linda pra mim. Jim se juntou a turma que elogiou Portishead e Beth Gibbons e o show do dia anterior.
- O sol foi embora a gente teve a primeira noite verdadeiramente fria do Coachella. Pessoas voltava do Camping (anexo) enroladas em toalhas e cobertores, o que as vezes fazia a gente se sentir numa festa de sem-terras.
- O show do Roger Waters foi dividido em duas partes, com um break no meio. Foi quando ele tocou o DVD 1 e o 2. Brincadeira. Realmente o show parece bem ensaiado. Em um momento, quando a musica "explode", ele levanta os dois braços no mesmo segundo que labaredas de fogo saem de trás do palco. Deu um pouco de vergonha alheia. O telão mostrando imagens do Syd Barret, galáxias e estrelas naquele cenário do deserto davam o clima de "um disco voador pode chegar a qualquer momento". Na verdade, teve até um porco inflável voador entre as parafernálias da produção. Mas não dá para não se emocionar com 120.000 pessoas cantando em uníssono "Wish You Were Here" e outras músicas "monstro". É o tipo de show que acontece no palco, enquanto outro acontece na platéia.
Ir embora do 3o dia do Coachella é um misto de cansaço, fome, roupas encardidas, muitas lembranças e uma felicidade plena.
Como a Thais bem disse abaixo, difícil fugir de clichês. Mas a sensação mais clara indo embora do Coachella é que eu preciso voltar no ano que vem.
O Coachella Day 2 comecou mais cedo. Alem de querer evitar o transito e a fila do dia anterior, tambem tinha show dos Teenagers as 13:00hs.
Nao preciso dizer que o dia tava, de novo, lindo de morrer. O line up pediu pra todo mundo correr pra la e pra ca se quisessem ver todas as bandas de preferencia, porque varias tocaram ao exato mesmo tempo.
Foi engracado ficar na fila pra tirar foto e pegar o autografo com os meninos do MGMT. Entendo a foto e a gracinha de conhecer os caras, mas o autografo em si, pra mim, e bem dispensavel. Mas foi divertido. A gente tentou fazer um plano de quem-tira-foto-de-quem e quem-pergunta-o-que-quando, mas na hora foi o maior corre-corre e eu so consegui perguntar se eles realmente planajavam “live fast and die young”. Resposta (timida): “Ahnn.. no”. Que bom.
Depois de umas 3 limonadas-slush eu resolvi ja arranjar um lugarzinho na tenda em que o MGMT ia tocar depois do “tal” Man Man, entao fiquei la, bem pertinho da grade pra ver um show que eu na verdade nao tava nem ai para. Mas os caras –malucos, doidos (quase) de verdade, vestidos de branco, tipo acabaram de fugir do sanatorio – me surpreenderam. Ou assustaram? Mega barulhentos, mil instrumentos ao mesmo tempo, gritos aqui e pulos ali, eles juntaram a turminha mais alternativa que eu ja tinha visto concentrada em uma tenda so. Todo mundo dancando, quando a barulheira virava musica. Foi engracado, ate. E legal.
man man e sua madhouse
E ai chegou a hora do MGMT, e eu ali grudada na cara deles. Foi o unico show do Coachella inteiro que eu vi tao de perto. Os meninos ajudaram os roadies a montar o palco, meio ignorando os gritos das menininhas que se acotovelavam la comigo. Na verdade depois eu conclui que eles tavam muito mais timidos do que fingindo nao ver, e senti isso quase ate o final do show deles, que foi demais. So achei que eles relaxaram e curtiram de verdade na hora de Time to Pretend, que quase derrubou a tenda. E fecharam assim, super desinibidos, com Kids. Ai a tenda caiu. Tenho video pra provar!
eei, toca "Range Life"?
Dai pra frente, vou assumir que nenhuma banda me fez me empolgar tanto de novo. Acho que foi o gasto de energia. Passei pelo Stephen Malkmus mas depois de “Gardenia”, do cd novo, nao rolou nada mais genero Pavement. E era pra isso que eu tava la porque o resto nao faz muito o meu estilo.
Escolhi ver Death Cab (e nao Hot Chip) e nao me arrependi. Sentada no gramado que nem a maioria de quem tava la, deu pra descansar, cantar junto e so levantar pra New Year, que foi linda. Acho que a Mariana tem razao quando disse que o palco Coachella ficou grande demais pro Death Cab. Deu uma sensacaozinha de que foi ate light demais pro espaco disponivel mesmo com o publico todo presente.
Esperei na frente pro um espacozinho pro Mark Ronson, que nao me empolgou de primeira, acredite ou nao. Achei bacana ver a versao de “Back to Black” mas depois disso me deu um siricutico e fui – correndo – pegar o final da M.I.A. E que final, com “Paper Planes” levando 10 minutos pra engatar, super mega teasing. Mais uma corridinha de volta pro Mark Ronson, e deu pra pegar “Stop Me”, com o vocalista dos Klaxons – que mandou uma versao bem mais Morrisey do que a do Mark mesmo. Ah, e com a Kelly Osbourne no palco. Eu gosto dela.
Segundo dia de Coachella foi intenso. Correria, muita banda boa ao mesmo tempo, muito calor, muita informação.
Minha cobertura está aqui, junto com a da Thatá. Aos poucos (porque preciso dormir e a conexão wireless desse hotel não ajuda) vou complementando esse post.
E minha cobertura twitter- style está no Lucio Ribeiro
Nunca fui fã do deles. Longe disso. Só dei uma passada no show porque foi do lado da tenda que eu estava antes, assistindo MGMT, e porque alguns amigos me pediram para eu assistir.
Tenho que admitir que ao vivo eles funcionam bem melhor. Eles fazem uma bagunça engraçada e colocam o povo pra pular. Pedro inclusive fez um segurança carrancudo dançar com ele. Achei que a Laura Taylor não fez muito, mas parecia mais solta e divertida que a Ana. Olha um pedacinho do show aí.
* Os meninos do MGMT são tímidos e parecem ter 14 anos. Isso quando a gente foi levar nossos cds para eles autografarem. Porque no palco eles viram gente grande.
O som ao vivo é mais pesado do que no CD. E fez a tenda-lotada- tremer. Engraçado que o backstage estava cheio de top models. Fiquei reparando se elas conheciam as letras- que falam delas- hehe.
Eu estava BEM na frente do palco, olha esse video.
* The Teenagers sao os franceses mais simpáticos e bem humorados que eu já vi. Na tenda de autógrafos eles conversaram comigo numa ótima, Michael SzpinerMicha (baixista), de camiseta do Leonardo di Caprio fofa, desenhou coraçao no meu CD e falaram que sao loucos para vir para o Brasil.
Ele se divertiram de verdade no palco. Brincaram com a platéia, riram e jogaram bola (Quentin deu uma bolada na cabeça de uma menina e passou o resto do show pedindo desculpas e rindo). Quentin Delafon dançava muito, livre leve e solto, sempre feliz.
Ele anunciou French Kiss como a hora para quem quisesse kiss and make out. E terminou com uma Homecoming democrática. Com uma galera na platéia cantando com ele no palco. Me irritou um pouco que as meninas que subiram no palco não sabiam cantar toda a letra, e eu sei. Mais isso que dá não ter coragem de subir no palco.
" I fucked my american cunt" ....
* Entre Death Cab e Hot Chip, escolhi o 2o, apesar de ser o 3o show que vejo deles.
Nao dava pra entrar na tenda do Hot Chip. Ela só perdeu em lotacao para a da M.I.A.
O "jeito" foi assistir do backstage. So que o backstage tambem estava bombando mais do que qualquer outro que vi aqui. E de celebridades. Elija Hood, Jared Letto (que eu vi em L.A ha 5 dias) e eu tenho quase certeza que vi a Siena-deusa-Miller.
O resto do pessoal tambem era lindo, loiro, magro, usava bolsas Chloe e deviam ser semi-famosos, porque ali estava cheio de fotografo.
Os caras do Hot Chip suaram a camisa-literalmente- e fizeram um show otimo, com musicas do disco antigo e novo e deixando para o final Out of Picture e por ultimo -adivinha- Ready for the Floor.
Mas minha impressao e que eles sao tao hype agora aqui, que nem precisavam se preocupar muito.
* Passei pelo Stephen Malkmus, que estava cheio, mas só deu para ouvir umas guitarras distorcidas. O calor ainda tava demais para ficar em palcos abertos.
* Eu dei sorte de chegar no show da Kate Nash na hora das 2 musicas que eu mais gosto- Mouthwash e Foundations. Ela e toda bonitinha. Tem cara, roupa e sapato de boneca. Mas so isso. Uma voz poderosa e vira um "monstro" nos teclados. A plateia ficou de um jeito que- se eles ja nao estivessem de pe-eu diria que aplaudiram de pé.
* 20h20- O show da M.I.A lotou a tenda Sahara (a última, la no canto do festival) de um jeito inédito. Nao dava pra chegar PERTO da tenda. A mulher é idolatrada aqui. Do pouco que consegui ver, ela estava com uma peruca loiro-branco e no telão passavam videos hip hop- new rave- anos 80. Barulho de tiros acompanhou o show todo. Dava para ouvir o pancadao de longe dali. Quem ficou, disse que quando ela cantou Paper Planes deu até medo. Mas eu não estava mais lá.
* Estava saindo para o Mark Ronson. No caminho, passei pelo show do Animal Collective, que estava ao lado da M.I.A, e por isso mesmo chocava pelo contraste "populacional e atitudinal" das tendas. Enquanto o mundo estava caindo na M.I.A, Animal Collective tocava o som viajandão deles, para uma tenda razoavelmente vazia, com algumas pessoas sentadas no show e outras até se alongando. (!)
* Umas 20h45 eu estava chegando no Mark Ronson, no Outdoor Theather. Ele estava arrumadinho, de cabelo penteado, terno e gravata. Mas a quantidade de vezes que ele falou "fuck" no show desmentiam a aparencia comportada. Ele deixou claro ser um cara bem relacionado. Choveram amigos para cantar os hits com ele, passando pelo vocalista do Kaiser Chiefs, do Charlatans (ACHO que era ele) e Kelly Osbourne.
Um dos convidados fez a graca de subir numa torre do palco e deixou o Mark tocando lá embaixo, sozinho.
* Portishead foi denso. As imagens só em preto e branco nos telões colaboravam com o clima. Beth gibbons realmente faz loucuras com aquela voz. E canta sofrido.
Prince ficou para a próxima. Só vi a entrada triunfal, mas achei melhor me guardar para o que vem hoje.
* O dia ontem foi o mais vazio que ja vi em um Coachella. E estava ótimo assim porque a gente conseguiu ver todos os shows super de perto, sem empurra-empurra.
* A galera continua uma loucura. Calderão de tudo que vc imagina. E de tipos que você nao imaginava que existiam também. Mas hoje a noite escrevo mais sobre isso. Com imagens. * Depois do Black Kids inaugurar nosso Coachella super simpatico apesar da tenda meio vazia, dei uma passada no Architecture in helsinki, e fui para o Cut Copy.
Cut Copy já tem um público fiel. Boa parte da platéia estava usando os óculos 3d que fazem parte do material promocional do novo album deles (que inclusive eles distribuiram no show do Calvin Harris 4a feira passada em L.A).Pra mim, o show estava fraquinho, até as duas últimas músicas, principalmente Light & Music, quando Dan Whitford anúnciou "It's time to get crazy Coachella" e foi isso que aconteceu.
Olha esse vídeo.
The National tocou no Outdoor theater na hora mais legal do dia, quando o sol começava a se por. Slow Show foi a mais bonita (ok, talvez porque é a minha preferida) e o show foi todo bem bacana. Mas - só pra constar- a voz do Matt Berninger ao vivo não mantém o famoso tom grave de barítono o tempo todo não.
olha o video da minha preferida:
A Thais vai escrever mais (e melhor) desse show.
* Precisei dar uma corrida antes do final do The National para pegar Raconteurs. Consegui ficar na área dos fotógrafos, bem na frente do Jack White. De chapéu, vestido de preto e com sua guitarra vermelha, ele saudou a galera como "people of the desert" e começou o melhor show da noite.Ele revezava o vocal com Brendan Benson - que mandou maravilhosamente bem cantando- e tocou todos os hits. Level, Steady as She Goes e Many Shades of Black causaram comoçao geral. Jack fez solos de guitarra de fazer o povo chorar. Alguns momentos ao vivo lembravam muito Led Zeppelin. E Jack cantou com emoção, em alguns momentos quase transe, principalmente Carolina Drama, a última do show, antes dele se despedir com "see you soon, California".
(esse video ta curtinho pq eu tinha invadido a area na frente dos fotografos e me expulsaram hehe)
* Enquanto isso, me contaram que a Goldfrapp fez um show bonito, com todas as músicas novas e versões diferentes das antigas.
* The Verve já entrou com o jogo ganho. A impressão que dá é que com aquele repertório não tem como o show ser ruim. Mas a verdade é que 1)estava todo mundo esperando na maior expectativa e 2)eles não decepcionaram. Estão em forma. E estavam bem humorados até. Richard Ashcroft brincou com a platéia algumas vezes, fez piada, dançou- descalço, e der umas tragadas em alguma coisa que de longe não parecia ser um cigarro. Lucky Man foi o ápice do show. Sem considerar Bitter Sweet Symphony, que não dá nem para explicar. Só vendo o vídeo.
Ele agradeceu o público por ter esperado 10 anos por eles e foi embora. (Mais com a Thais sobre Verve tambem).
Parte da platéia foi embora nessa hora. E quem aguentou ainda foi pegar um Black Lips. Ou Jack Johnson. Ou Fat Boy Slim. Adivinha onde eu fui?
* Ah, vale falar que os americanos deram um show de civilidade (pra não falar outra coisa menos nobre) nao quebrando nem destruindo nada na saida as 0h quando demoramos 1h40 pra conseguir sair do estacionamento. Maior congestionamento da história. Isso porque lá dentro não tava cheio.
Ta dificil comecar esse post sem nenhum cliche, mas vamos adiante.
Passar o final de semana do outro lado do pais, onde o sol bate mais forte, com as melhores companhias, no lugar mais oasis que eu ja vi na vida e ainda por cima assistindo as bandas que eu mais tenho escutado nos ultimos tempos, e coisa de filme. E filme e quase sempre cliche, por isso a dificuldade.
O nosso primeiro dia de Coachella nao teve grandes desafios. Rolou uma lentidao na entrada do estacionamento e um desespero por agua, Gatorade ou qualquer coisa liquida na fila, mas tudo se resolve quando a sua ansiedade e maior do que o estacionamento ou a propria sede.
Uma coisa engracada: num calor de 35 graus, todo o liquido que voce toma misteriosamente desaparece. Vantagem, ja que mesmo depois de 7 garrafinhas eu nao precisei ir no banheiro nem uma vez. Acredite se quiser.
Entao, passado o estado catatonico da primeira horinha de festival, la fomos nos ver os Black Kids na tenda Mojave. Enquanto isso, os meninos ficavam no Outdoor Stage curtindo Les Savy Fav. Como disse um dos entrevistados no DVD Coachella, lancado em 2006, "everyone has their own Coachella". Ou seja, o seu festival pode ser completamente diferente do meu. E os dois serem incriveis.
A gente concordou que os Black Kids fizeram o show mais bonitinho do dia, e soaram melhor so que eu achei que eles fossem. A Fe com certeza tem mais a dizer sobre o assunto. Eu colaboro com o videozinho de "I'm Not Gonna Teach Your Boyfriend..", quando todo mundo contou junto "one, two, three, four!".
* Passadinha rapida pelos Breeders, que apesar de nao estarem no meu roteiro original, ainda sao quem eles sao e merecem uma visita. Nao durou muito. O Eric ficou pra ver ate o fim e, mesmo sendo fa, assumiu que a performance das meninas podia ter sido melhorzinha. "Deu a impressao de que elas estavam ali mais pra curtir, foi um show bem a vontade". Mas sim, elas rocked out em uma ou outra musica.
Eu queria ter visto Vampire Weekend mais de perto. E sim, me surpreendi quando vi a multidao gigantesca em volta do Outdoor Stage. Nao devia, ja que, de acordo com o Jake Fogelnest da LOC, "the college world is a vampire". A media de idade era definitivamente early 20s e a galera que tava la nao se preocupou muito em se acotovelar em cima do palco. O clima era mais de festa, social, com gente dancando na boa e o resto deitado na sombra. Foi gostoso mesmo de longe.
Deu um alivio inconsciente quando o sol comecou a baixar um pouquinho. Com The National chegando no line-up, eu tinha certeza absoluta de que o meu tao esperado por-do-sol Coachella nao ia decepcionar.
O show deles nao podia ter sido melhor. Eu achava que ia conseguir abandonar e ver o final de Goldfrapp, mas os caras me seguraram la. E seguraram uma boa parte da galera que tambem planejava ver Raconteurs desde o comeco. A Fe tem razao quando disse que a voz do Matt nao e a mesma, mas tambem vamos dar um desconto e considerar que estudio e uma coisa, e festival gigantesco e outra. Pra mim tava tudo bom. Esperei "Start a War" e ela nao veio. Mas vieram todos os outros e valeu. O se valeu.
Uma multidao em massa se moveu juntinha do Outdoor Stage pro palco principal quando National acabou. E de longe ja dava pra ouvir os riffs ensurdecedores do Jack White. Como a Fe descreveu esse show com passe de fotografa, deixo os detalhes pra ela.
Resumindo, os Raconteurs surpreenderam os mais ceticos presentes e terminaram o show com uma multidao de admiradores. E nessa altura a gente ja nao sente mais fome, sede ou dor no pe. O que interessa e garantir o seu lugar mais perto possivel do palquinho onde, depois de 10 anos, The Verve vai tocar.
O show dos ingleses foi arrepiante (nao disse que nao dava pra evitar cliche?). Nao deu pra parar de sorrir e de cantar com o Richard Ashcroft, porque ele tambem nao parou de sorrir quando olhava pro mar de gente aos berros. Ou vai ver ele tava just a little high.
Com "Sonnet", "Drugs Don't Work", "Lucky Man" e terminando com o hino "Bittersweet Symphony", ele fez todo mundo voltar no tempo e matar as saudades da brit invasion dos anos 90 e se sentir lucky de verdade de poder ver uma reuniao desse peso ali, na frente do nosso nariz.
E aqui, como prometido, o video apoteotico de "Bittersweet". Bloody hell!
* A gente vai ver Calvin Harris no Coachella, mas já que ele tocou ontem em um lugar pequeno aqui em L.A, não dava pra perder a chance.
* O show não seguiu a regra americana de começar pontualmente. Ele atrasou umas 3 vodkas com energético- americano cor-de-rosa - da nossa parte.
* As 22h45, quando a gente achou que o cara tinha tido um piripaque e não ía ter mais show, ele entrou com sua banda no maior gás, gritando "How you feeling L.A??!!". And everybody was feeling good.
* O show foi em um lugar inesperado para a gente. O Henry Fonda Theater- The Music Box- é um teatro antigo com arquitetura clássica original por dentro. Só que todo pintado de cores vibrantes. Imagine um mini Teatro Municipal New Raver. Então. É isso.
O Dj que abria o show ficava em uma cabine suspensa, dentro de um arco dourado com fundo pink.
O 2o piso é uma cobertura ao ar livre com luzes vermelhas, bar e sofás onde o pessoal vai fumar.
* E diferentemente de um show no Brasil, esse Dj que abriu sabia o que estava fazendo ali e tocou aquecendo a galera.
* A maior parte das músicas do show soam muito parecidas com o CD. O que faz elas crescerem é a atitude rock n' roll do Harris e sua banda. Eles fazem o público cantar - principalmente "Acceptable in the 80s" e "Girls"- e pular com eles (sim, americanos dançam). São 5 meninos que dão a clara impressão de estarem se divertindo ali.
* Especialmente o Calvin Harris. Ele canta de verdade, dança e balança seu franjão caído no olho o show inteiro. E além do carisma ele é bem gato, meninas.
* Ele encerrou - sem bis, pra tristeza geral- cantando "I get all the girls".
Viajar com uma melhor amiga de infância muito parecida com você tem -basicamente só vantagens.
Há muito pouca coisa pra ser dita ou discutida. A gente já se entende só de se olhar.
Quantos dias vamos passar em cada cidade, a música que vamos ouvindo no carro, o lugar onde vamos comer, o bar pra ir a noite, se vamos encontrar o fulano ou o sicrano, qual loja vamos entrar...tudo isso é acordado entre a gente facinho.
As desvantagens são poucas. A gente pensa tão parecido que acabamos pedindo os mesmos pratos nos restaurantes (não dá pra uma experimentar o prato da outra) e somos lesadas nas mesmas coisas.
Por exemplo, já quase morremos atropeladas umas 2 vezes pois uma vai seguindo a outra e nenhuma está prestando atenção. E cada vez que vamos estacionar o carro na rua demoramos uns 10 minutos para entender a regra de cada local- que também vamos convir, não simples.
Hoje, no 3a dia de viagem tomamos nossa 1a multa. Até que estamos bem.
Placas nada didáticas em Hollywood Blvd explicando quando pode parar o carro
Outro ponto negativo é que a gente se apoia quando a outra faz besteira e age como se tivesse 15 anos.
Como ontem quando nós duas estavamos chegando no Whole Food, um supermercado Orgânico em West Hollywood, e eis que nosso ex-ídolo de adolescência, Jared Leto, o Jordan Catalano de My So Called Life, aparece com suas compras na nossa frente.
No estacionamento só haviam dois papparazzi o esperando. E a gente, há 2 metros dele.
Ele olhou bem na nossa cara, numa atitude que devia ser pedindo trégua, paz. Fiquei uns 3 segundos pensando se devia ser civilizada e deixar o cara em paz. Até porque desde 1900 e bolinha eu não sou das mais fãs. Mas óbvio que optei pela irracional tietagem sem noção e tasquei a tirar foto do coitado, na cara dele. Ele entrou no carro e foi. Eu estava quase me arrependendo e morrendo de vergonha quando a Mariana grudou do meu lado, feliz da vida pelas fotos e lembrando o quanto a gente achava ele lindo nos nossos 15 anos.
Jared Leto gatsinho guardando suas compras orgânicas
Hoje de manha saiu o line up detalhado pro Coachella, com horario e palcos onde cada banda vai tocar. Nao tem como nao sair correndo pra "desenhar" o seu guia pessoal, aquele que ainda nao conta com a preferencia dos seus companheiros de festival.
Como ja era de se esperar, com tanta banda legal tocando em so tres diazinhos, algumas das minhas favoritas dividem o mesmo horario. Alguns casos nao deixam muita duvida enquanto outros dao uma dorzinha no coracao. O jeito vai ser correr pra la e pra ca.
*The National e Goldfrapp - mais National do que Goldfrapp, mas nao queria perder "A&E". *Raconteurs e Santogold - Raconteurs, mas que eu queria olhar pra cara da Santogold, eu queria. *MGMT e Cold War Kids - vai doer, mas nao tem como perder nem um minuto de MGMT. *Hot Chip e Death Cab - Death Cab e classico, mas nao dancar "Ready for the Floor" nao faz sentido. *M.I.A. e Mark Ronson - a escolha de Sofia, ainda nao pensei no assunto. *Portishead e Calvin Harris - eu topo 50-50.
O tempo em Indio nao ta tao quente quando eu pensava. A temperatura maxima nesses ultimos dias foi de 29C, e a noite cai pra 16C. Com uma jaqueta na mochila, acho que vai ser melhor assim, nao guento passar calor.
Queria registrar que uma das bandas no meu top 10 era o Yeasayer. Do nada, eles sumiram do line up, e ninguem avisou. No forum do Coachella, rolam discussoes sobre o assunto e mais uma vez, ninguem consegue explicar o que aconteceu.
Pra compensar, Justice fecha o festival no domingo a noite, depois de todas as bandas terem tocado, incluindo o Roger Waters. Despedida boa, nao e mesmo?
Agora e so fechar a mala e pegar o aviao pra LA pra encontrar as meninas :)
Vir para o Coachella ja virou a hora mais esperada do ano porque alem do festival, eu emendo as tão esperadas e merecidas férias e passo uns dias na California.
* Esse ano decidimos ficar no mesmo hotel do ano passado. O Beverly Laurel foi indicado por uns amigos que moravam aqui e é um achado. Ele não tem grandes luxos, mas é confortável, super bem localizado e tem um precinho amigo. Perfeito.
E ele é charmoso porque é todo anos 50, da arquitetura a decoraçao dos quartos. No nosso quarto por exemplo, tem uma foto da Greta Garbo e no banheiro uma da Marylin.
E - eu sei que isso vai soar absurdo mas- O Beverly Laurel é hotel menos turístico que eu conheço. Todo mundo hospedado ali (e a maioria dos hóspedes são jovens e muderrrnos) é íntimo de L.A ou está se sentindo em casa aqui de alguma maneira.
* Mas o mais legal do Beverly Laurel é o diner lindo, colorido e gostoso que fica anexo. É o Swingers, um café-restaurante que assim como o hotel parou no tempo. Los Angeles tem vário cafés 50s, mas a diferença do Swingers é que ele é autentico. Não parece que ele tenta resgatar uma época e sim que ele é dessa época mesmo.
* De manhã o breakfast éservido por uma garçonete de meia arrastão e batom preto para famílias do bairro. E a noite o Swingers vira uma balada acompanhada do som alto da Jukebox, com gente lotando a calçada.
E o nosso garçom parecia o Kurt Cobain pós- descolorante. Mas ele foi bonzinho e pousou com os cup cakes
O restaurante italiano existe ha mais de 40 anos em L.A e é famoso por ser o preferido de gente como Bob Dylan, George Clooney e outros hollywodianos (eu só lembro dos que mais me interessam). Ele inclusive é citado em um site divertidissimo de onde encontrar hollywood stars na cidade, "seeing stars".
A gente só viu celebridades nas fotos da parede.
Mas comemos muito bem (New York Steak para a Mariana, ravioli de espinafre para mim e vinho californiano).
Agora, o que mais impressiona lá é a simpatia geral. Do lugar- aconchegante, italiano sem barulheira, com garrafas de vinho e bolas de futebol penduradas no teto. E das pessoas. Todo mundo que chegava conhecia os funcionários, que brincavam e conversavam o tempo todo. E o sr. Dan Tana- uma lenda na cidade, e que teve ma vida cinematográfica como conta essa matéria do Observer- é um querido e até puxou papo com a gente.
* Duas casas ao lado do Dan Tana's, na Santa Monica Blvd fica o El Troubadour. Um dos bares de rock ao vivo mais conhecidos de L.A.
Pra quem tiver pique depois do jantar, é um pulo.
A gente não teve. O vinho californiano é fortinho.