Wednesday, April 22, 2009

Coachella Day 2: Plaid Mafia e Festival de V.A.

O Coachella Day 2 trouxe várias bandinhas folk que eu adoro e tava louca pra ver. O sábado começou com show do Blitzen Trapper, de quem virei fã no outono passado, quando a fofa “Furr” ficou famosa aqui. Todo mundo se apertou dentro da tenda Gobi pra cantar junto esse e o outro hit bacana “Black River Killer”.



Engracado como as coisas mudam. Se no primeiro ano de Coachella (o segundo da Fê), a gente super se comportou, em 2009 o negócio foi chutar o pau da barraca e sobreviver a base de visitas a tendinha Heineken. Ninguém morreu. Pelo contrário, os shows ficaram mais divertidos. Só a volta pro hotel que ficou mais longa, mas aí a gente culpa o trânsito, tudo combinado.


Por isso, eu me empolguei além da conta pra ver o Henry Rollins e sua spoken word performance depois do Blitzen Trapper. Com discursos bem humorados e sempre com um quê de revolta, Rollins discutiu assuntos polêmicos, pedindo que cada um dos Coachellers presentes considerassem o uso da “filosofia hardcore” ao fazer escolhas pessoais, questionando uma segunda opção ao invés de se acomodar com a primeira. No meu videozinho dá pra me escutar concordando. Ai, vergonha.

O show dos meus queridos Fleet Foxes demorou pra engatar. A banda, super perfeccionista, levou 20 minutos pra acertar a passagem de som, e restou só meia hora pro real deal. Mesmo assim, as vozes em harmonia dos caras ecoou linda e compensou qualquer espera. Fiz videozinho de “Tiger Mountain Peasant Song”, pra comparar com a versão do Middle East aqui em Boston. A qualidade da voz do Robin não muda, impressionante pro palco aberto do Outdoor Theatre.



Em seguida, rolou um flashback 2006 com os hits mais antigos dos Band of Horses, misturados aos mais novos como “No One Is Gonna Love You” que eu adoro. Os meninos pareciam super a vontade no palco, mas por algum motivo eu gostei mais de ter visto eles aqui, no Paradise Rock Club. Ds duas uma – ou a banda soa mesmo melhor em lugar fechado, ou eles precisam aprender a fazer uma passagem de som de qualidade com os Foxes. Achei que faltou força no reverb.

Já exausta, sentei de longe pra ver o show da MIA (na tenda da Heineken, ham, ham) e não tive forças pra levantar. Foi assim que eu perdi um dos shows que mais queria ter visto no Coachella: o da idola Jenny Lewis. Já cansei de ir atrás de videozinhos no YouTube, mas não ajuda.
At Coachella, you snooze, you lose.

O final da noite ficou por conta dos Killers, que fizeram bastante gente passar vergonha. Os caras fizeram o maior showzão pop, e em algumas horas empolgaram geral com hits mais antigos ou o cover de “Shadowplay” do Joy Division. Mas exageraram na egotrip, nos fogos, no painel de luzes, nisso e naquilo. Deu vergonha alheia, digna de Roger Waters e o famoso porco no Coachella 2008. Os fãs ainda se divertiram e sim, o foi um showzão. Mas no fim das contas é da parte cheesy que você acaba lembrando. Pena.

2 comments:

Ferr said...

seus YEAAAAHS tao muito bons, haha.
eu AMEI Band of Horses. Mas foi meu 1o show deles, entao nao tenho com que comparar.

Gonzales said...

Pra mim esse foi O DIA do Outdoor Theatre! Fora o show do Turbonegro que pra mim foi a maior surpresa do line up - sensacional, mas tipo, o que eles tavam fazendo lá?!