Saturday, April 18, 2009

Coachella Day 1


O primeiro dia de Coachella não começou fácil. O trânsito e a MEGA fila debaixo do sol na entrada testaram qualquer ansiedade, mas não eu vi ninguém desistir. Pelo contrário. Como sempre, a galera mais alt fez questão de mostrar que não tinha medo do calor e vi gente de calça skinny, jaqueta de couro, bota e chapéu. Ah, e a menina de máscara do Batman que eu contei no Twitter. How bizarre.


De cara peguei o finzinho de Airborne Toxic Event no Main Stage, fechando com a mais conhecida “Sometime Around Midnight”, que soou linda, alta e clara com os violinos de fundo. Deu um arrepio de boas vindas quando a gente viu uma galera correndo no gramado em direção ao palco, aquela coisa Coachella de “o mundo vai acabar se eu não não escutar essa música agora”.


No palco do lado, o Outdoor Stage (o que eu gosto mais no festival), M. Ward entrava, pra alegria das meninas que dominavam o público. Confesso que nunca acompanhei a carreira e os álbums dele – com exceção de She & Him, mas esse não era o caso – então foi difícil entrar no clima. Com outras bandas prontas pra tocar ao mesmo tempo, a ansiedade me segurou lá por três músicas. Obs: ansiedade = tema recorrente, get used to it.

Levei um sustinho com a multidão absurda dos Ting Tings. Acho que fazer parte da tilha sonora de The Hills e Gossip Girl ajudou. Aliás, a galera assistindo parecia ter mesmo saído de um dos seriados, cada um com seu BlackBerry ou iPhone na mão. O show em si não surpreendeu muito, soou igualzinho ao álbum, mas animou. Eu me diverti sozinha dançando já que não achei nem a Fê nem ninguém pra ver junto.

Alice in Coachellaland


Na sequência chegaram os esperados Crystal Castles, que conseguiram fazer a tenda Sahara parecer ainda menor. Aliás, é engraçado ver como todo ano a Goldenvoice coloca artistas gigantes pra tocar em tendas/palcos não muito proporcionais. Ano passado aconteceu com a M.I.A. e Justice. E você paga a conta, sem conseguir enxergar a cara de quem tá lá em cima. Mas anyways, de volta aos CCs. Poupando palavras, o set foi foda. E atingiu o ápice na mega popular Crimewave. Até o minuto em que o volume das caixas de som caiu absurdamente, dando um banho de água gelada na turma que pulava junta. Ainda assim, os berros da Alice, que escalava as estruturas da tenda enquanto batia o microfone na própria testa, não deixaram ninguém desistir. E foi assim que eu finalmente acordei pro Coachella Day 1, as 7:30 da noite.

No caminho pra área vip (onde Graças ao bom Deus tem sofá, banheiro com pia e sombra), passei pelo super alto show do NASA, que bombava um rap empolgado e fazia uma turmona cantar junto. Achei que os caras fossem lotar a tenda Mojave, mas parece que a popularidade deles deve chegar mesmo um pouquinho mais tarde.

Hora de Morrisey no palco principal, que já tinha um mooonte de gente sentado no gramado, esperando. O inglesão abriu o show cheio de charme, e mostrou que a banda dele também não tava ali pra brincadeira. Assisti as 4 primeiras músicas, mistura de Smiths e carreira solo. De lá corri de volta pra Sahara, e a turma que ficou depois contou que apesar de ter sido emocionante, problemas técnicos fizeram o Morrisey entregar um show mais tenso do que emocionante.

Circo. Pop. Cheesy. Dançante. Humorado. Todas as palavras que servem pro show do Girl Talk que chega com o jogo ganho, já que conta com hits massivos das décadas passadas, incluindo samples do Michael Jackson, Ramones, Elton John, Belinda Carlile e ... Kelly Clarkson. Não dá pra não se divertir. Mesmo olhando no relógio de 5 em 5 minutos pra não perder nem um pouquinho do próximo show, o do Beatle #2, Sir Paul fucking McCartney.

O Paul abriu o show dele meio tímido, meio awkward, ou pelo menos eu achei. Depois a gente entendeu que a fata era importante pra ele, já que marcava o 11º aniversário da morte da Linda. Mas além disso, acho que levou um tempinho pra ele se sentir a vontade com o público mais jovem e mais alternativo do que ele provavelmente está acostumado. Não demorou muito e ele já fazia graça, jogava charme e claro, fazia gente (aka EU) perder o equilíbrio emocional com músicas dos Wings e dos ídolos Beatles. Com homenagens ao John Lennon (“Here Today”), ao George Harrison (“Something”) e a própria Linda (“My Love”), o cara fez um show épico. Mais tarde eu prometo atualizar esse post com descriçôes mais detalhadas, ja que hoje e Coachella Day 2 e a turma já ta na porta. Mas o Paul com certeza já fez dessa uma edição especial do festival dos nossos corações.

Long Live the Fab Four!

*No Twitter hoje – Blitzen Trapper, Henry Rollins, Glasvegas, TVOTR, Band of Horses, Jenny Lewis e FLEET FUCKING FOXES entre outros, yeah!

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