Sunday, May 14, 2006

Skol Beated Me


O que a gente não é capaz de fazer pra ouvir ao vivo uns malucos gritando “Psychosomatic addict insane!”?
Após uma muvuca na entrada do Anhembi de gente espremida na grade sendo empurrada por ambulâncias e policiais montados em cavalos que faziam suas necessidades entre nós sem cerimônia, entrei no Skol Beats umas 22h.
Fazia um friozinho que não dava muita vontade de beber cerveja gelada- a única opção da noite por motivos óbvios.
No meu primeiro rolê pelo lugar fiquei impressionada com o alto astral que reinava no trio da Deize Tigrona.
Lcd Soundsystem foi divertido. James Murphy em fúria, gritando pra caramba, teve um ápice com “Tribulation” e tocou uma “Daft Punk is Playing at my House” diferente do CD e menos dançante.
E foi no fim desse show que eu tive a infeliz idéia de sair do Live Stage e ir em direção ao resto da festa. E juntinho comigo, todas as outras 59.499 pessoas presentes estavam fazendo o mesmo trajeto. Foi o maior arrastão que eu já fiz parte involutariamente na vida. (Não que eu tenha participado de outros voluntariamente). As pessoas eram literalmente levadas pela onda de gente em um empurra-empurra e gritaria que durava uns infinitos 10 minutos.
Passado o corredor da morte, o resto de mim conseguiu chegar na The End com o Timo Maas tocando muito, ao lado da DJ Mag com o D’Allanese animadíssimo e quebrando tudo também.

E da-lhe voltar correndo pra ver o Prodigy! O Prodigy lotou a área do Live Stage, a ponto de eu só conseguir assistir o show quase na parede do final do Anhembi, com 2 pilares gigantes na minha frente sem visão nem para palco nem para os telões. A galera delirava, fãs de verdade. A gente até tinha que agüentar umas rodinhas hardcore sendo abertas no meio da multidão pra galera dançar se batendo nos picos de histeria.

Apesar do cansaço, da dor da minha unha encravada destruída pós-corredor da morte e dos meus óbvios 63 anos de idade pela disposição que eu estava, como sempre acontece nos bons shows, voltei aos meus 28 e tudo valeu a pena ao ouvir saindo da boca do Keith Flint: “I'm the trouble starter...”

1 comment:

Dany said...

adorei o blog!!!!! da uma passadinha no meu: desfilandoporai.blogspot.com
bjao