Ziggy e o espacate
Parece que a ultima moda, super in, e ter um alter-ego. Novidade nao e, mas a onda ta voltando com tudo. Seguindo a linha dos poetas emo da Literatura Brasileira e do sempre sabio tio Bowie (que criou o Ziggy Stardust pra nao chocar milhoes quando saisse vestindo meia calca e maquiagem), menininhas pelo mundo afora nao resistem a mystique que um novo nome, nova personalidade oferece.
A Beyonce, como voces ja estao carecas de saber, casou com o mega mogul Jay-Z. E ia pegar super mal se ela saisse rebolando por ai, de shortinho e alianca no dedo. Entra Sasha Fierce, que e a Beyonce sem tirar nem por, com a excecao de uma luva de metal e voz de robo em uma ou outra musica. Tudo pra manter o espirito jovem, nao sentir o peso do casamento e despistar rumores de uma gravidez proxima. Ok, exagerei nas conclusoes, mas licenca que elas fazem sentido.
Ou seja, Natashinha cansou de ser cool. Resolveu apelar pro estereotipo de qualquer participante de reality show da tv Americana. Mas nao vamos julgar, o album novo do (da?/de?) Bat for Lashes sai em abril e e inteiro baseado na ideia de dois lados, duas personalidades. “Two Suns”. Se a musica ainda for a mesma, Natasha/Pearl pode virar BFF da Paris Hilton que ta tudo certo.
Parece que a ultima moda, super in, e ter um alter-ego. Novidade nao e, mas a onda ta voltando com tudo. Seguindo a linha dos poetas emo da Literatura Brasileira e do sempre sabio tio Bowie (que criou o Ziggy Stardust pra nao chocar milhoes quando saisse vestindo meia calca e maquiagem), menininhas pelo mundo afora nao resistem a mystique que um novo nome, nova personalidade oferece.
A Beyonce, como voces ja estao carecas de saber, casou com o mega mogul Jay-Z. E ia pegar super mal se ela saisse rebolando por ai, de shortinho e alianca no dedo. Entra Sasha Fierce, que e a Beyonce sem tirar nem por, com a excecao de uma luva de metal e voz de robo em uma ou outra musica. Tudo pra manter o espirito jovem, nao sentir o peso do casamento e despistar rumores de uma gravidez proxima. Ok, exagerei nas conclusoes, mas licenca que elas fazem sentido.
Beyonce x Sasha Fierce = tudo igual
Tudo muito lindo no mundinho indie ate que a minha super idala Natasha Khan me resolve fazer a mesma coisa. Pra quem nao conhece, a Natasha Khan, a.k.a. Bat for Lashes, faz a linha neo-hippie, usa faixa de paete na testa com maquiagem de indio Xavante. Ja a Pearl (nome classy que a Natasha escolheu pra sua outra metade), ganha a seguinte descricao:
“destructive, self-absorbed, blonde, femme fatale”
“destructive, self-absorbed, blonde, femme fatale”
Ou seja, Natashinha cansou de ser cool. Resolveu apelar pro estereotipo de qualquer participante de reality show da tv Americana. Mas nao vamos julgar, o album novo do (da?/de?) Bat for Lashes sai em abril e e inteiro baseado na ideia de dois lados, duas personalidades. “Two Suns”. Se a musica ainda for a mesma, Natasha/Pearl pode virar BFF da Paris Hilton que ta tudo certo.
Por ultimo, entram TODAS as personagens do “Invisible Monsters”, escrito pelo Chuck Palahniuk (Fight Club, Choke). O primeiro livro que eu leio em 2009 cai como uma luva no assunto alter-ego. E e otimo. So nao rola ir adiante na descricao sem dar spoilers, entao fica a recomendacao.
E ai que fico eu aqui pensando: cade o MEU alter-ego? Cade meu nome brega e atitude duvidosa? Foi quando eu parei pra escolher as caracteristicas da outra EU que mudei de assunto e comecei a pensar em Mad Men.
Todas as materias, os elogios, os premios e twits sobre Mad Men nao foram suficientes pra me convencer a embarcar no seriado enquanto a 1a temporada era transmitida pela AMC. Mas nunca e tarde, e eu finalmente programei a nossa conta no Netflix pra me mandar todos os episodios ate eu alcancar o resto dos fas.
2 DVDs mais tarde, me entreguei a mais uma velha obsessao (tema curioso, recorrente nesse blog): os anos 60 e todas as alegrias que a decada pode proporcionar.
Juntando A com B.
E ai que fico eu aqui pensando: cade o MEU alter-ego? Cade meu nome brega e atitude duvidosa? Foi quando eu parei pra escolher as caracteristicas da outra EU que mudei de assunto e comecei a pensar em Mad Men.
Todas as materias, os elogios, os premios e twits sobre Mad Men nao foram suficientes pra me convencer a embarcar no seriado enquanto a 1a temporada era transmitida pela AMC. Mas nunca e tarde, e eu finalmente programei a nossa conta no Netflix pra me mandar todos os episodios ate eu alcancar o resto dos fas.
2 DVDs mais tarde, me entreguei a mais uma velha obsessao (tema curioso, recorrente nesse blog): os anos 60 e todas as alegrias que a decada pode proporcionar.
Focando nos aspectos mais interessantes que a serie reproduz super bem:
- A alegria de ver todo mundo fumando despreocupado, sem a paranoia do “preciso parar”. Cigarro era charme, era glamour, era bacana.
- A felicidade de tomar um coquetelzinho a qualquer hora do dia, seja na reuniao com o cliente, durante o papo com a vizinha ou na festinha das criancas.
- A liberdade de se entupir de maquiagem: base, rouge, batom, lapis na sobrancelha, e muito, mais muito laque e nao parecer uma palhaca na rua. Afinal, voce nao e a unica.
- E, por fim, a moda. Muito tule debaixo da saia, cinta liga que afina a cintura, salto-alto em dia de faxina. Feminilidade assim, em todo lugar.
- A alegria de ver todo mundo fumando despreocupado, sem a paranoia do “preciso parar”. Cigarro era charme, era glamour, era bacana.
- A felicidade de tomar um coquetelzinho a qualquer hora do dia, seja na reuniao com o cliente, durante o papo com a vizinha ou na festinha das criancas.
- A liberdade de se entupir de maquiagem: base, rouge, batom, lapis na sobrancelha, e muito, mais muito laque e nao parecer uma palhaca na rua. Afinal, voce nao e a unica.
- E, por fim, a moda. Muito tule debaixo da saia, cinta liga que afina a cintura, salto-alto em dia de faxina. Feminilidade assim, em todo lugar.
Juntando A com B.
E por essas e por outras, meus amigos, que o meu alter-ego e uma dona-de-casa de suburbio nos anos 60. Uma dona-de-casa chamada.. Charlotte.
Betty Draper wannabe.Charlotte nao se incomoda em nao ter um emprego, seu sonho e poder fazer a apple pie perfeita pro marido, e gasta ho-ras lendo os catalogos de moda. Charlotte organiza cocktail parties pras vizinhas, enche o caneco as 2 da tarde e passa aspirador no carpete lilas rapidinho antes de fazer o jantar.
Charlotte tem planos pro futuro, mas eles nao vao alem da programacao familiar, do martini no jantar ou da manicure as quartas-feiras. Charlotte e feliz. Limitada e feliz.
Charlotte e meu alter-ego do momento. Quando cansar eu escolho outro.
4 comments:
Bowie no Coachella...
Beyoncé no Copacabana...
Difícil é o meu ego alcançar o alter-ticket (aquele que dá direito a jantar e limousine) para vê-los...
;-
Olá meninas :-)
Depois deste post inspirei-me e comprei o “Invisible Monsters”.
Estou ansiosa por começar a ler.
Beijinhos,
Marta
Oi Marta! Eu acabei o livro essa semana, e adorei. Foi meu primeiro Palahniuk e acho que nao tava preparada pras bizarrices, mas me diverti. Espero que voce tambem goste, conta pra gente depois.
Beijos!
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