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Os mexicanos sao extremamente educados. É o tempo todo "permiso", "permitame" e quando a gente agradece algo eles mandam um "siempre para servirte senora". Fofos.
Outra caracteristica bacana é que eles sao muito bem informados sobre a cultura e história do seu país. Desde as classes mais simples.
Todos os motoristas de taxi se oferecem para fazer um tour cultural e varias pessoas nas ruas me explicavam a historia de algum monumento que eu estava olhando. Ou contavam que foi o Porfirio que construiu aquela avenida.
Isso me lembrou quando a gente vai para as praias paradisiacas do nordeste e ve aqueles meninos pobres tentando viver de vender coco e carregar mala. A gente sempre pensa: porque as escolas nao focam em ensinar para a criancada a historia e cultura do local para eles conseguirem viver do turismo de um jeito mais digno. Tudo bem que aquelas criancas tem poucas chances de virar engenheiros em SP mas podem virar otimos guias turisticos enquanto isso, for god sake.
Voltando ao Mexicanos, além de orgulhosos de seu país também são politizados.
Esta semana é a troca de governo, e em toda da cidade convivem diversas manifestações e grupos politicos.
E como eu sempre vejo coisas do além, vi até uma manifestação de homens desnudos, só de cuequinha, numa das avenidas principais, contra um senador local que parece que está desapropriando terras indígenas.
Será que aquelas manifestações malas da CUT na Paulista ficariam mais engraçadas ou trágicas assim.
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Quando eu soube que eu vinha para a Cidade Do Mexico, a primeira coisa que eu pensei foi que a Frida Kahlo morou aqui. Entao a casa dela foi o 1o lugar que eu fui conhecer.
Se o filme nao foi feito la, eles copiaram muito bem. A casa e grande, toda colorida, com aquela fonte e jardim no meio. Alem das obras de arte, a casa tem objetos pessoais dela, Diego e familia como a cama dela, varias cartas, as roupas de sonho maravilhosas dela e ate o colete que ela usava por causa do problema nas costas.
Uma das partes mais impressionantes esta la fora, numa homenagem que fizeram no Dia Dos Mortos. Nesse dia- que e muito importante para os mexicanos- acontece uma grande festa no pais, e as pessoas homenageam os mortos com oferendas de musica, comida, bebida etc da preferencia de cada morto. A homenagem para a Frida ficou linda, rica em detalhes, colorida, cheia de vida. Bem do jeito que ela devia preferir.
Amanha vou tentar ir no centro historico se o trabalho permitir.
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O Russell sempre fala da praga dos urban spams e da dificuldade que algumas marcas tem em serem interessantes ao abordar as pessoas. Mas muito pior do que ver todos os lugares da sua cidade virarem mídia é VOCÊ ser obrigado a virar mídia. No show do Underworld, colaram adesivos da Pacha nos carros do estacionamento. Não é que os caras deixaram adesivos nos pára-brisas para as pessoas colarem SE quisessem. Eles colaram. E se você não quisesse que seu carro virasse outdoor da Pacha de graça, você ainda tinha que estragar o esmalte pra rancar o adesivo. Malas.
Eu vi uma cena hilária:
Um caminhão musical natalino da Bauducco passava pela aquela avenida do Joquei, quando os vários papais noéis que ficam cantando e dançando lá em cima começaram a ser assediados pelos travecos e moças "sociáveis" que fazem ponto por lá. Os papais noéis respondiam as gracinhas, rancavam as máscaras e rebolavam para as moçoilas.
Na sequencia o caminhão começou a passar em baixo de árvores gigantes e os papais noéis se engancharam nas folhas e tomaram várias galhadas na cabeça.
Trânsito assim é mais divertido.
Ações promocionais nas ruas também.
O Diogo Mainardi está naquele programa do GNT em que os apresentadores e convidado avaliam outros programas do GNT. Quando perguntaram para ele o que ele achava de um certo programa sobre espiritismo e mediums ele mandou:
"Eu não acredito nem em insconsciente, imagina em fantasma".
Dos palestrantes da Conferencia de Planejamento que aconteceu hoje, pra mim foi especialmente legal ouvir 2 pessoas.
O Pedro Doria, por ter falado de assuntos non advertising (que nem por isso não tem algo em comum com a gente): tradição, credibilidade e jornalistas importantes para o mundo. E também porque eu acho jornalistas legais (acho que sou meio paga-pau).
E o Walter Susini. Primeiro, porque eu sempre ouvi falar muito bem dele na JWT e estava curiosa. E depois porque ele é – além do obviamente inteligente como já haviam me falado- simples, realista, legal e tem um sotaque engraçado. Ele só deu conselhos objetivos.
Uma dos assuntos que ele mencionou foi sobre as marcas que riem de si mesmo, que é um lado da comunicação que eu sempre gostei e acho que pouca gente encara ou dá atenção. Ele mostrou a campanha da Sprite, que eu amo e já escrevi sobre aqui.
Nessa seara, eu lembro também do vídeo da Microsoft caso ela tivesse feito o iPod. Foi quando a Microsoft percebeu que podia tirar sarro de si mesma por ser tãaao nerd e passou a ficar cool.
Mas não lembro de muito mais não. Como o próprio Walter disse, é difícil as marcas terem coragem de assumir esse lado “eu sou uma marca que fala merda” ou se auto-zoa.
muito bom poder durmir tarde varias noites seguidas
Ouvi que uma das minhas bandas preferidas, o Sonic Youth, vai voltar pro Brasil em fevereiro.
Isso me lembrou uma das melhores metáforas que já li sobre solos de guitarras e que estava num crítica sobre o último albúm deles na Rolling Stone americana:
"The guitars ring out with a sense of emotional urgency, as if he has something incredibly important to say to some girl who's standing incredibly close, and he doesn't have time to diddle around about it."
Queria que alguém tocasse guitarra assim pra mim .
Tô lendo um livro de uma escritora que eu conheci na Flip, Nicole Krauss. Ela é uma jovem revelação. É uma nova iorquina novinha e super consagrada pela critica literária. Detalhe “Caras”: Por sinal também casada com o escritor novinho revelação Jonathan Safran Foer.
Eu estou lendo The History of Love, o segundo livro dela. São duas (ou três) histórias diferentes que se encontram, numa narrativa não muito linear. Ela escreve de um jeito super sensível, de quem entende as mais íntimas aflições da alma humana.
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Essa foto é de quando eu comecei a ler e embalei na leitura. Foi na piscina do House Ship- o navio-balada. Era o lugar menos favorável a concentração. E eu continuei mesmo também parecendo o único ET da balada com um livro na mão. Tá vendo, o livro é bom.