Thursday, August 30, 2007

Controversia


Mais uma dica de livro.

To terminando de ler o "A Million Little Pieces", do James Frey. Nao tinha escutado falar dele no Brasil, mas aqui todo mundo sabe a polemica que o nome gerou ha 2 anos atras, na epoca do lancamento. A historia, meio resumida: o livro conta a passagem do autor por uma clinica de reabilitacao pra alcoolatras e viciados em drogas. Super detalhista, meio depre, triste porem real, o negocio te deixa de cabelos em pe e faz ate pensar duas vezes antes daquele proximo martini na balada (ok, exagerei). Mas enfim, em uma palavra: e punk.

A polemica rolou quando a Oprah, queridinha dos gringos, resolveu adotar o James Frey como queridinho dela mesma, chamou pra entrevista, recomendou o livro, assinou embaixo. Ate o dia em que ele comentou que algumas das historias contadas ali foram criadas por ele pra conectar os fatos que ele lembrava entre um "cold turkey" e outro. Dai em diante o caos se armou - ele foi chamado de mentiroso e oportunista, a Oprah subiu no sofa e voltou atras com tudo que tinha dito sobre o cara e ate hoje ele aparece aqui ou ali dando suas explicacoes.

Minha pergunta 1: como e que alguem em fase de recuperacao de um vicio trash em crack-cocaina-alcool-heroina-e-por-ai-vai ia lembrar de cada detalhezinho micro e escrever um best seller sem falha alguma?

Minha pergunta 2: sera que se o tal do James tivesse chamado o seu livro de ficcao "baseada em fatos reais" a bagunca teria sido a mesma?
Minha conclusao: na falta do que fazer, vai ler o livro do cara. Vale a pena e te faz dar valor pra coisas muito maiores do que discussoes preguicosas como essa.

Tuesday, August 28, 2007

Wednesday, August 22, 2007

Nostalgia

Nos últimos dias está impossível escrever de propaganda sem falar do ultimo filme mega production high tech da Wieden+Kennedy Amsterdam para a Coca.
Ou escrever de música sem falar na última da Madonna que vazou.
Eu, como boa nostálgica, fico com saudades da época que os comerciais mais legais não precisavam ter 1 milhão de figurantes, nem custavam 10 bilhões de dólares e a gente não precisava ficar absolutamente concentrada neles pra entender a historinha do protagonista. Tenho um pouco de saudades da época que o comercial mais hype pra mim era aquele da Wrangler com a Luciana Vendramini de freira e "Can´t Take My Eyes Off You” de trilha (não achei no youtube).

E é divertido essa loucurinha de quando uma música “vaza” e toda a blogsfera só fala dela.
Mas eu curtia bastante o frenesi da época pré-internet, quando a gente não tinha muita opção e tinha que esperar algum novo-futuro hit internacional ser lançado pela MTV. Todo mundo esperava o dia D e assistia junto, no mesmo minuto. No prédio que eu morava minha turminha se reunia na salinha de TV. (Um dos dias que a salinha teve maior quorum foi no lançamento de Don’t Cry do Guns n’Roses).
Era menos democrático. Mas de alguma maneira cada novidade era celebrada de um jeito mais unido.

Saturday, August 18, 2007

Factory Girl

La em junho, quando eu escrevi sobre a loja vintage "Poor Little Rich Girl", nao tinha ideia do tamanho da historia que o tal nome carregava.
Ja fazia tempo que eu queria assistir o tao falado filme sobre a vida da Edie Sedgwick, queridinha do Andy Warhol nos anos 60, com a Sienna Miller no papel principal. Mas
"Factory Girl" nao e o melhor filme do mundo. E interessante conhecer a historia de uma menina que gostava de fama, tinha bastante dinheiro e uma personalidade auto-destrutiva, mas isso nao e novidade nenhuma num mundo de Britneys e Lindsays.
Motivos que entao fizeram o filme valer a pena:
- a Edie Sedgwick foi pioneira no estilo Mod daquela decada. Brincoes, vestidos balone, sapatilhas bailarina e MUITA maquiagem, principalmente nas sobrancelhas.
- Hayden Christensen faz o papel do Bob Dylan. Na verdade, nao muito assumido. Porque a Edie foi loucamente apaixonada pelo cara, dizem que ela acabou morrendo de overdose porque ele nao casou com ela. E os advogados do Bob nao deixaram o estudio envolver o nome dele nessa bagunca. Polemicas a parte, o Hayden faz um Bob Dylan bem mais sexy do que o original, mega estiloso e com um sotaque pra la de charmoso.

- Mais uma vez eu entendi porque nunca virei artista plastica. A tal "Factory" do Andy Warhol pode ter sido o cool do momento, mas era tambem uma boa desculpa pra nao fazer nada, experimentar todos os tipos de drogas disponiveis e fazer filmes nonsense, sem roteiro ou motivo. Sem contar a pegacao que a gente deixa pra la.
- Descobri que a minha musica favorita do Velvet Underground, "Femme Fatale", e sobre a Edie e foi escrita pelo Lou Reed a pedido do Andy Warhol. Fez sentido. ("cause everybody knows/ the things she does to please / she's just a little tease..")
Pra juntar A com B: "Poor Little Rich Girl" e o nome do mais famoso dos filmes que a Edie fez com o Andy Warhol, e, ironicamente, um titulo que cai como uma luva pra historia da vida dela.

Fatos e provas de que eu assisti muita Sessao da Tarde na infancia:

- Eu imagino que louco seria se eu de repente acordasse, olhasse no espelho e fosse alguem totalmente diferente, assim, por acidente. Nao precisa ser gente famosa, pode ser qualquer cara passando na rua mesmo. Nao preciso comentar quais seriam as maiores dificuldades.

- Eu imagino como seria estar andando na rua, escorregar, bater a cabeca num poste e perder a memoria. Nao lembraria do meu nome, ou de onde estou, que horas sao e quem e voce mesmo?

- Eu tambem imagino se a classica troca de papeis acontecesse. Igual a uma duzia de filmes da Disney, se por acaso eu fosse a minha mae e a minha mae fosse eu.

Isso tudo numa base diaria de pensamentos inuteis.

Conclusao obvia: TV gera perda de tempo intelectual.

Saturday, August 04, 2007

welcome to the dollhouse


Semana passada, xeretando as estantes de livros legais da Urban Outfitters, encontrei "Valley of the Dolls", bestseller dos anos 70. Na epoca, a historia chocou um pouco: tres meninas que buscam fama e sucesso no show biz da Broadway em NY acabam se envolvendo com drogas e um monte de gente errada. Consequentemente, o livro virou filme, com a Sharon Tate em um dos papeis principais. To achando legalzinho, ja passei da pagina 100. A VHS antigona e o proximo passo. Ah, e se alguem souber a conexao entre o livro e o hit do Mylo - que leva o mesmo nome - conta ai, ta? Eu ainda nao descobri.

Falando em bonecas - um amigo me mandou um link pro documentario "Guys and Dolls" por e-mail. Trata-se da relacao entre caras normais (ou nao) e bonecas que imitam mulheres de verdade. Se voce pensou nas infames bonecas inflaveis, se enganou. O negocio vai bem alem do que eu imaginava. E como Perez Hilton sempre diz, vale lembrar - "if you're easily offended, don't click here" - bizarrice total.

Thursday, August 02, 2007

War Is Over (if you want it)

E a terceira vez que tento comecar esse post. Mas quando o assunto e recomendacao de filme bom - no caso, documentario - melhor nao falar muito. Deixo no ar a minha admiracao pelas producoes da VH1, pelos movimentos pacifistas que um dia chacoalharam o mundo, por um dos maiores genios que ja viveu nesse planeta, e claro, pela musica que ele deixou pra tras. Ele sabia que ela ainda ecoaria por muitos e muitos anos.
"All we are saying, is 'give peace a chance' " - John Lennon

Preguiça

Um grupo lançou um movimento chamado cansei, segundo eles “um movimento cívido pelos direitos dos Brasileiros” contra a corrupção.
Se formou outro grupo (blog "to cansadinho") que acusa o movimento de ser formado por playboys e ser um movimento político oportunista que se aproveita da tragédia da TAM para atacar o governo. E esse segundo grupo começa a criticar o primeiro grupo.
Eu, que não sou partidária de nenhum dos 2 movimentos, acho que:
1º) Realmente a meta do tal Cansei de fazer 1 minuto de Silêncio me parece meio boba, mas Ok, mal não vai fazer.
2º) Que ok, o Cansei deve sim ter fins políticos como quase TODOS os movimentos do mundo
3º) Mas obviamente o tal grupo revoltado também tem fins políticos pois se incomodam tanto em outro grupo atacar o governo.
4º) Que OK que alguns participantes do Cansei não tem o melhor curriculo do mundo, mas usar como base das críticas o fato dos formadores do Cansei serem empresários e “gente rica” é ridículo. Parece revolta de adolescente petista.
5º) Hoje eu acho mais duvidoso o caráter de quem quer defender nosso governo- mesmo que disfarçadamente- do que quem ataca.